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O estudo abordou a percepção de saúde física e qualidade de vida de idosos na comunidade rural de Zapotal Nuevo, cantão Ventanas. A partir de um censo de 316 idosos, participaram 297 após a exclusão de 19 por diversas razões. A metodologia utilizada foi um estudo quantitativo de corte transversal, aplicando questionários domiciliares para coletar dados sociodemográficos e avaliar a percepção de saúde física e qualidade de vida. Os resultados revelaram que a maioria dos participantes vivia com a família, não trabalhava e recebia renda inferior ao salário mínimo, refletindo uma situação de vulnerabilidade econômica. Além disso, 51,2% havia recebido atendimento do modelo de atenção integral ao Idoso do Ministério da Saúde Pública. As limitações físicas foram prevalentes: 67,7% para levantar sacolas de compras, 66,0% para subir escadas, 69,7% para se agachar ou se ajoelhar, e 59,9% para caminhar meio quilômetro. Além disso, 47,8% tinham dificuldades para tomar banho ou se vestir. Em termos de qualidade de vida, 65,0% a percebiam como regular e 81,5% sentiam que havia piorado em relação ao ano anterior. Essas condições estão alinhadas com pesquisas anteriores que associam a percepção de uma qualidade de vida regular ou em deterioração com limitações físicas e falta de apoio social. A alta prevalência de dificuldades físicas e a percepção negativa da qualidade de vida destacam a necessidade de intervenções de saúde mais eficazes e adaptadas às particularidades socioeconômicas dessa população. O estudo ressalta a urgência de políticas públicas integrais que promovam um envelhecimento saudável em comunidades rurais vulneráveis, abordando tanto as necessidades físicas quanto os fatores socioeconômicos e de apoio social.