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Este é um artigo científico que propõe uma abordagem dos conceitos de neuroeducação e neuroaprendizagem, a partir da complexa perspectiva integrativa que envolve a atividade humana e sua concretização na cultura como expressão de uma realidade ecosófica, que concebe o ser humano como um microcosmo, pois ambos o cérebro e a cultura o replicam analogicamente. A autora considera incompleto o caminho percorrido pelas pesquisas neurocientíficas e pedagógicas, pois vem obviar o papel da atividade humana e seus atributos qualificadores: conhecimento, valores, comunicação, práxis e sua determinação na cultura. Mostra que toda a evolução humana, incluindo o funcionamento do cérebro na aprendizagem, ocorre como uma ação recíproca entre o material e o ideal. Através do método hermenêutico, ele demonstra que é na atividade humana que essa contradição dialética se resolve, argumentando que a atividade humana é o modo de existência, mudança e transformação da realidade social e individual que se torna práxis, um elo essencial sujeito - objeto e sujeito – sujeito, onde realmente o ideal e o material (tudo o que existe) tornam-se dialeticamente.