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O ensaio questiona a conceptualização tradicional da educação baseada na dicotomia entre rural e urbano, que reduz a educação rural ao que acontece nas instituições educativas, subordinando-as ao modelo urbano e ignorando o potencial multidimensional endógeno do próprio contexto rural. A tese centra-se na sistematicidade generalizadora da epistemologia transepistêmica multidimensional da diversidade dos saberes, com origem na Educação do Campo, como base praxiológica e metodológica para ações autoexperimentais, que refletem a imprecisão e a utopia em relação ao desconhecido, para fomentar o intercâmbio científico e a vivência dos saberes quotidianos com rigor ético, estético e axiológico em harmonia com o meio. O resultado permite-nos tecer uma estrutura que revela a importância dos nossos próprios constructos como ícones culturais para o estudo da ruralidade, a abordagem metodológica para estabelecer uma motivação relacional diversa e a combinação conceptual que estabelece uma ruptura com a tradição. Estas ideias precedem a perspectiva transepistémica do conhecimento diverso, que enfatiza o redireccionamento didáctico-metodológico sustentável no multimétodo da combinação conceptual multilinear diversa e o fechamento com o endógeno no imaginário didáctico-metodológico. Este ensaio apresenta resultados com referências-chave do Projeto de Investigação em Educação Rural (PIER) do Centro Latino-Americano de Estudos em Epistemologia em Pedagogia, composto por um coletivo multinacional. Esta socialização é um estímulo para que surja um novo imaginário didático-metodológico com uma filosofia educativa mínima, refletindo a riqueza da América Latina e das Caraíbas na sua diversidade.