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Enviado janeiro 8, 2025
Publicado 2025-01-16

Artículos

v. 9 n. 1 (2025): Revista Científica Orbis Cognita

Distopia, apocalipse e pós-apocalipse. fundação e fronteira na literatura de uma sociedade ficcional indesejável


DOI https://doi.org/10.48204/j.orbis.v9n1.a6710

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Referências
DOI: 10.48204/j.orbis.v9n1.a6710

Publicado: 2025-01-16

Como Citar

Tillería Aqueveque , L. (2025). Distopia, apocalipse e pós-apocalipse. fundação e fronteira na literatura de uma sociedade ficcional indesejável. Revista Científica Orbis Cógnita, 9(1), 9–25. https://doi.org/10.48204/j.orbis.v9n1.a6710

Resumo

O artigo apresentado insere-se no mundo da filosofia da arte e tem como premissa o fato de que em um território cada vez mais extenso de obra literária, como a ficção distópica, se confirma uma diferença teórico-ontológica entre três subgêneros habitualmente confundidos, passam um pelo outro ou são simplesmente entendidos como iguais. Tais subgêneros são distopia, apocalipse e pós-apocalipse. Assim, o objetivo da escrita é determinar até que ponto esses três subgêneros constituiriam em si o fundamento e a fronteira na narrativa de uma

sociedade ficcional indesejável. Para isso, utilizou-se a hermenêutica filosófica e o estudo de caso como métodos de pesquisa. Sinteticamente, os resultados indicam que o fundamento literário de uma sociedade indesejável adquire —dito com certo ar ficcional— vigor geográfico a partir da gênese territorial do confronto. Assim, tal geografia acaba por ser ao mesmo tempo uma geografia física, uma geografia humana e uma geografia simbólica. Mas estes subgéneros também representam uma fronteira na literatura de antecipação, uma fronteira essencialmente ideológica. Por outras palavras, conclui-se, o fascismo, o nazismo e o segregacionismo estabeleceriam uma doutrina sem a qual os “radicais islâmicos”, os “não arianos” ou os “infra”, pelo menos na perspetiva da ficção literária, deixariam simplesmente de existir. Se assim for, as obras analisadas parecem testemunhar a conversão de um Apocalipse como profecia num apocalipse como mutilação.

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