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O ensaio parte da ideia de que as emoções desempenham um papel fundamental na afetogênese, noogênese e sociogênese humana. Desde o momento da concepção, o feto experimenta proto-emoções relacionadas ao instinto de sobrevivência e à vontade de viver, formadas na interação metabólica com a mãe, no próprio metabolismo do feto e nas influências ambientais. Embora as emoções totalmente desenvolvidas requeiram uma maior maturidade do sistema nervoso e uma compreensão consciente das experiências, as protoemoções no feto expressam essa vontade básica de viver. Na Grécia antiga, Sócrates e Platão acreditavam que as emoções deveriam ser controladas pela razão. No entanto, Aristóteles reconheceu o papel social das emoções através da tragédia e da comédia. Nas concepções modernas, diferentes modelos de emoções básicas foram propostos, mas a maioria deles mantém a dicotomia entre razão e emoções e carece de pontos de vista sistêmicos. As emoções influenciam a noogênese e a sociogênese, fornecendo pistas valiosas sobre o ambiente, modificando a tomada de decisões, motivando a atividade cognitiva e moldando crenças e valores. A integração das emoções nesses processos é essencial para o desenvolvimento das emoções na formação da personalidade, pensamento e interação social. A principal contribuição do autor é que a compreensão holística e contextualizada das emoções é necessária para uma visão mais completa de seu papel na afetogênese, noogênese e sociogênese humana.