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Este ensaio pode ser descrito como a síntese de um conjunto anterior de trabalhos em que o autor sistematiza aspectos relacionados à questão inerente ao cérebro e sua complexidade, ao mesmo tempo em que se articula com mediações analógicas e complexas que permitem dar uma explicação para o cosmos em si e per se. Para isso, recorre-se aos fundamentos do pensamento complexo, mas não compete com a tese filosófica que consiste em considerar José Martí como um pensador universal que abordou este importante tema em sua obra. O espiritualismo de Martí, a fundamentação da subjetividade humana, também não diminui sua hermenêutica ecosófica. Em sua concepção, o homem, como sujeito sociocultural, reproduz de forma condensada a totalidade do Universo. A natureza -conceito amplo em Martí- integra tudo, o espiritual e o material; mas o homem é, antes de tudo, um ser ativo, criador de história, de cultura e, ao mesmo tempo, condicionado sócio-histórico, pois nada é homem em si mesmo, e o que ele é, é posto nele por seu povo. Uma hermenêutica ecosófica pode fazer muito nos tempos atuais, se for capaz de se fundamentar na neurociência com um canal educativo e interpretar o espírito do mundo com anseio de humanidade, e apreender o comportamento do homem em sua real complexidade, como concreto ética, sem imposições epistemológicas nem apriorismos abstratos. Interprete a realidade subjetivamente e siga a lógica especial do objeto especial, e não vire as costas para o drama humano.