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Abordar o mundo dos “loucos” tem sido um tema de constante interesse ao longo da história em geral e da representação artística em particular. Abordar essa questão não é uma tarefa fácil, já que referencias e estudos psiquiátricos teriam que ser incluídos. Entretanto, não é interesse deste artigo fazer uma análise exaustiva, nem inferir no campo da medicina, mas sim, um pequeno relato de como as doenças mentais tocaram a arte ao longo do tempo, citando algumas obras e artistas de destaque na abordagem deste tema.
As primeiras representações referentes às doenças mentais o fazem, seguramente, pela necessidade de entender do que se tratava ou pelo espanto que esses seres causavam entre seus semelhantes. A eterna questão, ¿o que faz um homem perder a razão?, grande quantidade de literatura, opiniões e descobertas significativas no que diz respeito ao modo de representação. A loucura passou por diferentes estágios antes de ser diagnosticada como uma doença. No entanto, fascinou e capturou a atenção dos artistas ao longo do tempo como nenhuma outra condição orgânica.
Os anos nos mostraram que a arte e a loucura se tocaram em múltiplas ocasiões. Vários estudos psicológicos têm revelado que grande parte das pessoas com sensibilidade artística sofre de algum distúrbio psicológico ou já enfrentou situações que marcaram profundamente suas vidas.
A consideração social do "louco" vai desde o fascínio exercido por esses seres em algumas culturas antigas, considerando-os mediadores entre este mundo e o além, até a perseguição e isolamento que sofreram nos tempos modernos. Ele passa a ser considerado um ser inspirado, privilegiado, capaz de perceber e dizer o que os outros não captam, um sujeito relegado que deve ser isolado do resto do mundo.
Ao longo do tempo, inúmeras tentativas foram feitas para representar a doença mental. A história da arte tem se caracterizado por um interesse incessante pelo tema, desde sua captação psicológica até as terríveis consequências de seu sofrimento.